quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Blog "Quero sim meu Camocim sem drogas" entrevista membro do Movimento Punk em Camocim

"Que a juventude lute pelos seus ideais, se queremos mudar o mundo, vamos tentar mudar da maneira certa. A droga não é o melhor caminho para essa mudança".
 Entrevista com Diogo A. Santiago, estudante, baterista da Banda Grito Suburbano e representante do Movimento Punk de Camocim

  1. O que é ser Punk?

Ser Punk vai além do jeito de se vestir, mas diz respeito a ter atitude para mudar a realidade. O Punk sofre muito preconceito, as pessoas acham que somos drogados, mas estamos tentando mudar essa visão.

2. Quais são as bandas de referência do Movimento Punk?

Banda Garotos Podres, Ratos de Porão Calibre 12, Ramones, Sex Pistols, The Clash, Inocentes e várias outras bandas.

3. Em Camocim existem festas específicas do Movimento Punk?

Sim, existe o Rock Fest, o Halloween Rock e o Festival de Bandas de Garagem.

4. Como você vê a questão da droga?

 A gente sabe que dentro do movimento punk existem pessoas que bebem, fumam, como tem em qualquer outro grupo. Mas a gente tenta desfazer essa imagem de que o punk é um louco, um psicopata. O modo de se vestir do punk é uma denúncia ao sistema capitalista, que é injusto e desigual. Pois, enquanto os ricos viajam em navios e aviões, os pobres ficam em salas de esperas de hospitais.

5. Como é ser jovem em Camocim?

Nós temos poucas opçoes de lazer. O que eu faço é tocar bateria no NAEC - Núcleo de Arte e Cultura e me reúno com os meus amigos do movimento para falar sobre música e sobre os problemas da sociedade.

6. Você pratica algum esporte?

Eu gosto de andar de skate, mas também é outro grupo discriminado em Camocim, pois as pessoas logo associam à questão da droga, assim como os que usam cabelo moicano. Mas isso não tem nada a ver. Fico muito triste quando escuto as pessoas chamando a gente de "gangue de preto" e quando afirmam que nós só ficamos usando drogas e brigando. Somos da paz e não devemos ser julgados pelo modo como nos vestimos.

7. Quais são suas perspectivas de futuro?

Eu me vejo como músico e sonho em ser um revolucionário. Quero que a sociedade mude, que tenha mais justiça e mais liberdade.

8. Mensagem final:

Que a juventude lute pelos seus ideais, que se queremos mudar o mundo, vamos tentar mudar da maneira certa. A droga não é o melhor caminho para essa mudança.
Diogo apresentou na ocasião da entrevista, um Fanzine elaborado por ele, que será distribuído durante a "II Caminhada Quem se Informa não usa drogas". Com frases de impacto e de repúdio à droga, Diogo espera contribuir para que a sociedade enxergue o punk de outra forma: " Vamos fazer a nossa parte e contribuir com o combate à droga no nosso município".

  Contnue  lendo a matéria no blog "Quero sim meu Camocim sem drogas"

6 Comentários:

Anônimo disse...

Movimento Punk. Taí uma galera que gosta de viver de maneira alternativa. Espero que o mercado de trabalho absorva todos esses jovens idealistas... As eólicas estão aí empregando todo jovem que tem "coragem" de trabalhar.

Anônimo disse...

Seria lindo se um idealista como o adolescente Diogo também liderasse um movimento desses mesmos punks a favor da preservação do Lago Seco ou dos nossos mangues e outras coisas realmente criativas em favor da sociedade. Ficar sentado nas esquinas vestido de preto, tatuado, com piercings e outras babaquices fora de moda só falando merda não vai acrescentar nada a sociedade de lugar nenhum do mundo. Só mais inúteis profissionais. Quem quiser que faça o que quiser das suas vidas. Eu, não aconselharia esse tipo de movimento para ninguém.

Anônimo disse...

Também acho que ouvir forró, com letras que desvalorizam a mulher, beber, ouvir música alta incomodando os outros, agredir a namorada com uma postura machista, falar mal dos outros e desrespeitar as pessoas, isso sim é babaquice!Nuca vi nenhum desses meninos" de preto" fazerem mal, nem desrespeitarem ninguém. Mas, infelizmente já vi gente saindo da igreja e falando mal dos outros. Acho que o pré-julgamento não faz bem a ninguém. Quem quiser que faça o que quiser das suas vidas, mas eu não aconselharia ouvir e dançar as músicas de forró de péssimo gosto para ninguém.

Anônimo disse...

No fundo, toda essa discussão apenas enfatiza o que todos já sabemos: os jovens a cada dia que passa ficam mais mal educados. As escolas, mesmo com todo o esforço, não conseguem controlar a adrenalina desses jovens e com a ajuda das redes sociais, a molecagem é geral. Tem jovem que se declara fanático por bandas de forro eletrônico e paredões de som; outros se dizem jovens gays; outros como o revolucionário Diogo, se classificam como punks; muitos são religiosos fundamentalistas e pior ainda: muitos já são viciados em crack! Ou seja: Estudar pra ser "gente" como no passado, ninguém quer. Liberou geral! Basta ir ao Lago a noite pra ver o que vale uma garota ou um sono alheio. É o novo Brasil dos direitos humanos.

Mary Ruth disse...

Para o segundo anônimo: Talvez inútil seja vc que não tem visão crítica e nem fundamenta sua própria opinião com argumentos convincentes. Fique sabendo que preconceito é que está fora de moda, além de dar cadeia. E vc, já liderou algum movimento em prol do meio ambiente ou ocupou seu tempo com alguma finalidade socioeducativa? Um pouco de bom senso não faz mal a ninguém.

Anônimo disse...

concordo com o 2 anonimo realmente sao uns babacas preguiçosos que nao fazem nada só falam besteiras mesmo.

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