terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Campanhas permanentes diminuem o risco de epidemia de dengue em Camocim

Cuidados com a vedação de caixas d’águas e o acúmulo de água em pneus e depósitos são algumas das orientações que fazem parte da Campanha de Combate à Dengue, realizada nesta semana pela Coordenação de Endemias e Zoonoses, com o intuito de conscientizar os camocinenses quanto à responsabilidade de cada cidadão para eliminar os focos de dengue.

Desde 2008, o município não sofre epidemias da doença, tendo a cada ano diminuído os casos de infestação do mosquito. Os bons resultados são frutos do trabalho dos agentes de endemias, que adotaram uma nova estratégica para o combate à dengue, recebendo o reforço de mais agentes, capacitações e melhorias nas condições de trabalho.

A diminuição do intervalo das visitas domiciliares de 60 dias (preconizado pelo Ministério da Saúde) para 35 dias; o aumento do número de ciclos de 6 para 8; o rápido e constante monitoramento de todos os focos do mosquito, realizando visitas e bloqueios para evitar que proliferem; e adoção de soluções alternativas para a redução da infestação nas áreas mais vulneráveis, como a realização de mutirões de limpeza, recolhimento semanal de pneus e o monitoramento de pontos estratégicos (sucatas, ferro velhos), são ações que contribuem para que Camocim seja um dos poucos municípios que atingem as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, ficando sempre abaixo de 1% de infestação.

Tais dados divergem com o resultado da Nota Técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde, que identifica Camocim como sendo um município de risco muito alto para infestação da dengue. Dr. Osvaldo Pereira, coordenador de endemias, explica que a principal variável utilizada pelo Governo para realizar a avaliação é a incidência da doença no município durante os últimos 10 anos. “Se Camocim apresentou epidemias de dengue até 2007, nossa avaliação só será positiva em 2017, quando cessar o prazo de 10 anos. A partir da avaliação da atual conjuntura e levando em consideração o controle de surtos da doença, avalio que na pior das hipóteses, Camocim tem risco moderado”, explica Dr. Osvaldo.

Um exemplo é a avaliação de 2009, em que o governo estimou Camocim como um dos municípios com alto risco para epidemia e, no entanto, o município apresentou 7 casos confirmados de dengue, ficando bem abaixo de 1%. Uma das novas estratégias de combate à dengue é a utilização de diferentes inseticidas para evitar o surgimento de linhagens resistentes ao produto fornecido pelo Ministério da Saúde. Como solução, os agentes estão utilizando cloro e a aquisição de outros inseticidas obtidos com recursos próprios.

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